segunda-feira, 11 de maio de 2009

Geração Super Nanny

O título pode sugerir que eu sou daqueles inveterados tele-espectadores (já num sei se isso tem ou não hífen) que acompanha essa tonelada de reality shows que inunda a televisão brasileira, tal qual os enlatados americanos de algumas semanas décadas atrás.

Nem sou não, mas de vez em quando esbarro em uns, como o da tal Super Nanny. A defensora dos pais fracos e oprimidos salva a cada programa a vida do casal que não segura a onda da educação da sua prole. Ou não, o que é pior.

Na primeira parte do programa são mostradas as pestinhas fazendo o que querem, e os pais dando ótimos exemplos de como não educar um filho. “Ooh, e agora quem poderá nos ajudar?!” – nem Chapolin Colorado daria jeito nessas criaturinhas. Haja marretada-biônica naquelas cabecinhas mal-educadas. Chega a milagreira Super Nanny, detecta problemas, propõe mudanças e cai fora.

Uma semana depois ela volta pra ver o resultado, e quase sempre o pandemônio foi restabelecido. Me pergunte: porquê? Porquê temos aí uma geração de pais molengas, frouxos e sem firmeza. Pronto. Falei.

Acho que nasci na última geração em que um não, de pai ou mãe, era não mesmo. Na última época em que uma pergunta de por que, ou era seguida de uma resposta suficiente pra nos fazer acatar, ou de um olhar que dizia tudo. No tempo em que pai era pai, mãe era mãe, e a família tinha sua divisão de autoridade bem definida. E não essa confusão toda aí.

Hoje tá tudo virado. Filho manda nos pais desde pirralho. Bate, esperneia, faz e acontece. Não existe mais conversa pra explicar o porquê das coisas. Fica tudo resumido num berro de “não, já falei que não!”.

Enfim. Belo tapa na cara dos pais de hoje, esse programa da Super Nanny. E conto pra vocês uma coisinha: ela é argentina! Precisou vir uma argentina pro Brasil pra atestar a incompetência desses pais modernos.

A única vantagem que eu vejo nisso tudo, é que ver a situação dessas crianças pestinhas e dos pais frouxos pode ser um ótimo método contra-aceptivo. Dá pra pensar duas vezes antes de querer fazer neném, com medo da cegonha trazer um capetinha desses. Se bem que o problema nem tá neles. Tá em quem já nasceu e acha que é gente.

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Aproveito o dia pra agradecer à minha mãe (e ao meu pai também, lógico, por tabela), por ter acertado bem na medida da minha educação. Num tô me colocando como o filho perfeito não, mas acho que o resultado não foi dos piores. Podem saber que quando for ter o(s) meu(s), vai ter muito do que vocês fizeram na criação deles.

E não... num tô pensando nisso por agora não, relaxa, mãe!

6 comentários:

Deia Cabral disse...

Concordo em gênero, número e degrau! A maioria dos pais de hoje são mandados pelos filhos e acham isso normal. Absurdo!

Só pra esclarecer, eu não acho que uma boa educação se baseia em agressão e acho que respeito é bem diferente de medo. Mas que tá faltando umas palmadas, ah, isso tá! ^^

Raíssa disse...

ameei o texto.. concordo plenamente com vc concon!! kkk =)

seus pais te educaram muito bem mesmo, vc é um menino de ourooo!!!

bjos

Helena disse...

Concordo plenamente! Tá faltando ouvir uns bons "naos" essas crianças, deifinitivamente tb sinto falta de um pulso firme por parte dos pais, as crianças fazem oq bem entendem!

Mas nao eh culpa delas, de forma alguma.

Anônimo disse...

kkkkkkkkk!
olha só (de somente msm, rsrs...) quem escreveu aqui até agora!
Penha, parabéns msm! como a Raíssa disse, o Conrado é um menino de ouro... qualquer dia a gente vende ele e fica rico, eheh!
brincadeira, Conradin!! abração!
ah! quanto ao texto, é isso msm!
João Gustavo

G disse...

Conrado, eu vejo Super Nanny! Tá certo que faz mto tempo que não vejo, mas eu sempre fico abismada como as criancinhas ficam quietas no cantinho da disciplina! Adorei!

Unknown disse...

Adorei, alias, amei o artigo! Concordo totalmente com vc!!
Esse é o Conrado Moreira que eu conheço! =D

Ainda bem que nasci na sua geração viu hehe
pq hj em dia, realmente, a coisa tá feia.

Bjão p vc
até a próxima
;)